Governador Anastásia toma posse gerar mais empregos e governar para os pobres

03/01/2011 14:52

                

 

                O governador reeleito em Minas Gerais, Antônio Augusto Anastasia, do PSDB, foi empossado na tarde deste sábado 01 de Janeiro, na Assembleia Legislativa do Estado e no Palácio da Liberdade e aproveitou para declarar em seu discurso de posse, que a meta principal de seu governo é gerar mais empregos e governar para os pobres.

A promessa de Anastasia é atrair empresas para Minas que irão gerar mais oportunidade de trabalho e diminuir as desigualdades regionais para ajudar as pessoas menos favorecidas. "É para que lhes seja garantida a justiça e o direito à saúde, à segurança, ao conhecimento e a busca da felicidade que deve agir o Estado", declarou.

A cerimônia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais começou com o governador e seu vice, Alberto Pinto Coleho (PP), passando pelo Hall das Bandeiras. Depois de dar uma pequena entrevista coletiva à imprensa, eles atravessaram um corredor formado por Dragões da Inconfidência e foram recepcionados por uma comissão de deputados e prefeitos, que os conduziram até o Plenário. A presença de um dos senadores eleitos por Minas, Aécio Neves, não ocorreu na ALMG e somente na solenidade do Palácio é que Anastasia encontrou seu antecessor.

Quem esteve presente na Assembleia foi o senador Itamar Franco (PPS), que recebeu elogios do governador sobre o trabalho feito em prol de Minas Gerais. Além dele, o prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda (PSB) e o senador Eduardo Azeredo ocuparam a mesa que celebrou a posse. Depois de serem empossados pelo presidente em exercício da casa, Doutor Viana (DEM), governador e vice receberam extensa salva de palmas por mais de cinco minutos.

Durante o discurso na Assembleia, o governador reeleito revelou outras prioridades do governo dando ênfase à saúde, segurança e educação. Além de citar como iria gerir o Estado com responsabilidade e controle. "Não seremos capazes de fazer a travessia para o pleno desenvolvimento sem ajustar com coragem os gastos com a máquina pública, reorientando os recursos para os investimentos", afirmou.

Ao final da solenidade, Anastasia deixou o Plenário sob a cúpula de aço formada por cadetes do Corpo de Bombeiros e seguiu para a cerimônia comemorativa no Palácio da Liberdade, onde recebeu a Medalha da Inconfidência, honraria que corresponde ao que seria a faixa presidencial.

Na chegada ao Palácio, Anastasia foi recebido por alunos de uma escola estadual segurando balões vermelhos e brancos, que simbolizam as cores da bandeira de Minas. No segundo discurso, o governador falou sobre a importância do senador Aécio Neves em sua ascensão política e agradeceu, principalmente, a Tancredo Neves, avô de Aécio, por todo o trabalho feito por Minas Gerais.

Eleição de Anastasia

Antônio Augusto Junho Anastasia (PSDB) assumiu, em março de 2010, o cargo de governador do Estado de Minas Gerais. Ele era vice de Aécio Neves e, com a saída do ex-governador para disputar as eleições para o Senado Federal, ficou à frente do governo mineiro. No pleito de outubro de 2010, foi eleito no primeiro turno com 6.275.520 dos votos válidos, percentual correspondente a 62,72% do total. Durante a corrida eleitoral, seu principal concorrente ao Palácio Tiradentes foi o candidato Hélio Costa, do PMDB, que terminou com 3.419.622 dos votos (34,18%). O vice de Anastasia é o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, do PP.

No início da campanha para o governo do Estado, Anastasia começou em desvantagem em relação ao candidato Hélio Costa, que tinha como vice o petista Patrus Ananias. As pesquisas eleitorais apontavam uma diferença de 8% a favor do candidato do PMDB. O tucano conseguiu reverter a vantagem e derrotar o adversário ainda no primeiro turno, após contar com apoio irrestrito do senador Aécio Neves.

Aos 49 anos de idade, o belo-horizontino Antônio Anastasia é mestre em Direito Administrativo e foi professor da Escola de Direito, da Universidade Federal de Minas Gerais. A carreira acadêmica foi um dos pilares para 20 anos dedicados à vida política de Minas. Em 1991, Anastasia assumiu o primeiro cargo na administração do executivo estadual. Ele também foi secretário-adjunto de Planejamento e Coordenação Geral, do então governador Hélio Garcia. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, foi ministro interino do Trabalho e secretário executivo do Ministério da Justiça.

Após o período que ficou em Brasília, retornou para Minas em 2002 e foi secretário de Planejamento no primeiro mandato de Aécio Neves, responsável pelo chamado choque de gestão. O programa foi implantado em 2002, quando Minas Gerais era um dos sete Estados brasileiros que não havia respeitado os indicadores da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e possuía uma dívida alta e um gasto com folha de pagamento que consumiam, respectivamente, 275% e 66% da receita corrente líquida do Estado. Coordenada por Anastasia, à época secretário de Estado de Planejamento e Gestão, a política administrativa foi iniciada com a redução do número de secretarias e a diminuição dos gastos públicos. Em menos de dois anos, as medidas adotadas zeraram o déficit orçamentário do Estado de R$ 2,4 bilhões anuais e possibilitaram um ciclo de crescimento no Estado.

Secretariado:

Durante a solenidade de posse do novo secretariado, nesta segunda-feira, o governador Anastasia reforçou o compromisso com a transparência nas contas públicas, fazendo menção ao procurador do estado Moacyr Lobato. "O que temos de fazer em relação à Controladoria não é só a questão da corrupção, mas é, sim, a certeza da alocação correta e transparente dos recursos públicos, que, para nós, é algo muito importante", destacou. 

 

Os 22 novos secretários de estado e outros membros de equipe do governador Antonio Anastasia tomaram posse no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa. Desses, 19 ocupam secretarias permanentes e outros três assumem secretarias extraordinárias - da Copa do Mundo, de Gestão Metropolitana e Regularização Fundiária -, criadas por meio da Lei Delegada nº 179, publicada nesse domingo no Diário Oficial de Minas Gerais. 

A lei dispõe sobre a organização básica e a estrutura da Administração Pública do Poder Executivo do estado, com o objetivo de adequar a estrutura do governo de Minas dentro das secretarias anunciadas pelo governador na quarta-feira. 

A ex-secretária de Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas, Elbe Brandão (PSDB), falou para a imprensa da capital e do interior, em nome dos secretários estaduais.

 


Confira quem coordena as secretarias que já existiam:

Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Elmiro Nascimento
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - Nárcio Rodrigues
Cultura - Eliane Parreiras
Defesa Social - Lafayete Andrada
Desenvolvimento Econômico - Dorothea Werneck
Desenvolvimento Social - Wander Borges
Desenvolvimento Regional e Política Urbana - Bilac Pinto
Esporte e da Juventude - Bráulio Braz
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Adriano Magalhães
Transportes e Obras Públicas - Carlos Melles
Turismo - Agostinho Patrus Filho
Educação - Ana Lúcia Gazzola
Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas - Gil Pereira (a pasta deixou de ser extraordinária e se tornou permanente)

Quatro secretários serão mantidos:

Saúde - Antônio Jorge Souza Marques
Governo - Danilo de Castro
Fazenda - Leonardo Colombini
Planejamento e Gestão - Renata Vilhena

Duas secretarias foram criadas:

Trabalho e Emprego - Carlos Pimenta
Casa Civil e Relações Institucionais - Maria Coeli Simões, que respondia pela extinta Secretaria Extraordinária de Relações Institucionais

Foram criadas também outras três secretarias extraordinárias:

Regularização Fundiária - Manoel Costa, que respondia pela extinta Secretaria Extraordinária de Reforma Agrária
Copa do Mundo - Sérgio Barroso, que deixa a Secretaria de Desenvolvimento Econômico
Gestão Metropolitana - Alexandre Silveira

O governador fez ainda nomeações para autarquias e outros órgãos estaduais:

Cemig - Djalma Morais
Copasa - Ricardo Simões
Codemig - Osvaldo Borges
Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) - Matheus Cotta Carvalho
Gasmig - Fuad Noman
Serviço Solidário de Assistência Social (Servas) - Andrea Neves
Secretaria-Geral - Gustavo Magalhães
Advocacia-Geral do Estado - Marco Antônio Romanelli
Controladoria-Geral do Estado - Moacyr Lobato
Gabinete Militar do Governador - Cel. Luiz Carlos Martins
Polícia Militar de Minas Gerais - Cel. Renato Viera de Souza
Polícia Civil - Jairo Léllis
Corpo de Bombeiros - Cel. Sílvio Antonio de Oliveira Melo
Escritório de Prioridades Estratégicas - Tadeu Barreto
Líder do Governo na Assembleia Legislativa – Luiz Humberto (PSDB)